domingo, 16 de dezembro de 2007

Da Guiné... à Guinada



Não tem sido fácil para qualquer um de nós, em algumas situações, a habituação a esta terra. Não sei se pela temperatura, muito calor, se pelo clima, se pela alimentação ou se por outra razão qualquer. Sei, isso sim, que amiúde lá se vai ouvindo aqui pelo estaleiro e pela obra o pregão já usual entre as "tropas" "...estou com uma guinada, vou enviar um fax...".
Alturas há em que o "quartel" regista uma afluência invulgar de solicitações o que provoca um engarrafamento das "linhas". Temos já entre nós alguns verdadeiros campeões de "guinadas", autênticos atletas de velocidade e meio fundo. Outros há que em pouco tempo, se notabilizaram nas artes plásticas tal é a dedicação que entregam à "pintura".
Mas reflectindo um pouco, talvez isto aconteça normalmente e não seja estranho uma vez que estamos na Guiné. Se por acaso estivéssemos em Punta-Cana talvez se utilizasse outra expressão como "...estou com uma puntada..." ou outra coisa do género "...vou aliviar o canastro...". Não sei. Talvez.

Por isso da Guiné, só Guinadas...


Mas graças a Deus que temos aqui uma BOA EQUIPA.






domingo, 2 de dezembro de 2007

Fanado – Cerimónia de iniciação masculina na vida adulta



O fanado é uma cerimónia de iniciação na vida adulta, para rapazes, praticada, ainda na actualidade, entre a tribo dos Balantas. Os fanados já foram mais frequentes. Na actualidade são mais raros, dadas as precárias condições de vida deste povo e a cerimónia pressupor o consumo abundante de géneros alimentares, como o arroz e bebidas. A foto que acompanha este texto foi tirada a um grupo de Balantas, em alturas desta cerimónia.

Eis como Eva Kipp (Guiné-Bissau: aspectos da vida de um povo, EDITORIAL INQUÉRITO, 1994), descreve a cerimónia:

Normalmente, é o pai quem decide enviar o filho ao fanado ou, na sua ausência, o irmão mais velho; mas por vezes são os jovens que pedem para ir, desde que o irmão mais velho já tenha ido.Nas vésperas do início do fanado, realizam-se várias festas e uma das mais interessantes é um concurso de canto e dança entre os diversos grupos que irão participar no mesmo. Cada grupo escolhe no seu seio o melhor artista, na dança e no canto. Durante todo o dia, esses artistas exibem-se na tabanca, simultaneamente, procurando arrastar atrás de si os espectadores. Assiste-se a correrias dos artistas que procuram arrastar as pessoas interessadas na sua actuação em detrimento dos outros concorrentes.
Cada um procura fazer o melhor que pode no canto e criar improvisações teatrais mais interessantes.Ao fim da tarde, há um dos concorrentes que consegue arrastar atrás de si praticamente todos os presentes. É o grande vencedor do concurso e o mais famoso dos que irão entrar no fanado.Nessa tarde, todos os que vão ao fanado comem a última refeição em casa, desaparecendo em seguida no mato sagrado, onde irão permanecer durante quase dois meses. O que acontece lá durante esse tempo é um segredo que nenhum deles poderá desvendar após a saída, mas sabe-se que, para além da circuncisão, eles têm de dar provas de poder passar a adulto e aprendem a nova forma de estar na sociedade no pós-fanado.No dia em que regressam do mato sagrado, realiza-se na tabanca uma grande festa e os que regressam do fanado recebem diversos presentes dos familiares e amigos. É a partir desse dia que eles conquistam o direito de usar um barrete de cor vermelha que distingue os adultos que já foram ao fanado na sociedade balanta.É também a partir desse dia que o grupo de «blufos» da geração seguinte, jovens que ainda não foram ao fanado, começa o longo período que os conduzirá ao próximo fanado, porta de acesso à sociedade dos adultos.”

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Golfinhos no rio Mansoa

A Guiné-Bissau desenvolve-se, em mais de 80% da sua extensão, em termos orográficos, a cotas baixas entre 0-100 m. Por esse motivo os rios são largos, invadindo grande extensão das margens, com facilidade. Pelo mesmo motivo, a influência das marés faz-se sentir até várias dezenas de quilómetros para montante. As águas são salobras, salgadas mesmo quando a maré sobe. Com a corrente de subida da maré, é comum verem-se medusas em grande quantidade, provavelmente oriundas da costa marítima.
E, por vezes, a surpresa é maior, e podem ver-se os simpáticos golfinhos a brincarem num rio, no caso o Mansoa, a varias dezenas de quilómetros do mar. Uma surpresa sempre agradável, que aqui fica registada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Apenas o céu...



Nada mais, apenas o céu. Que motivos procuramos, por vezes, para escrever, dizer ou pensar em coisas interessantes? Procuramos o que é novo, o que é de fora, o que é excitante. Procuramos a novidade, procuramos o que nos faz sentir maiores, sendo mais pequenos.


A busca da enriquecimento pessoal a isso nos impele. A mesma busca lançou os portugueses nas aventuras dos mares, a inventar mais pátria. A coragem faz-se do medo. E medo é coragem quando enfrentado. E o homem anseia mundo, anseia novidade, anseia crescer.


Não demos novos mundos aos mundos, eles estavam lá e apenas os colhemos, na ânsia de provar, de dizer "estou aqui".


Hoje trago-vos neste post uma coisa simples, um momento. Um momento que não se repete, um momento que a ninguém pertence. Apenas um momento, nem mais atrás, nem mais à frente. Apenas um momento.

O momento em que paramos, cristalizamos o tempo, e somos mundo e somos côr, e somos vida.

O momento que julgamos captar quando ouvimos o click da máquina; cruel ilusão, o momento capturou-nos...

"...E nós Carolina!..."

Confesso que não li o livro e posso afirmar, quase com toda a certeza, que nunca o irei ler.
Talvez por não dar valor algum a este tipo de personagens, que aparecem no meio do lodo e florescem á custa das "humidades" que esse lodo lhes proporciona. E logo desaparecem sempre que pantano seca.
Mas, como nós por cá ainda vamos escutando alguma coisa de Portugal, e esse é, infelizmente um tema da actualidade, eu resolvi solidarizar-me com outras tantas como ela, que raramente são noticia ou escrevem livros. Apenas faladas e lembradas, de longe a longe, no reino dos "beefs", por estarem "loucas".
Por isso, hoje, vou reservar um espaço a "elas", às vacas de Africa, que também têm o direito de dizer ....
..." E NÓS CAROLINA!..."

domingo, 18 de novembro de 2007

Ponte S. Vicente - Sinalização Índice A

Qualquer projecto, por mais analisado e controlado que seja, tem normalmente alguns erros e ou omissões, que só são detectados durante a fase de execução. Esses erros ou omissões detectados são assinalados e comunicados ao projectista para que seja feita uma correção ao desenho, atribuindo-se um novo índice. Este processo, por vezes, é um pouco demorado porque existem varias trocas de correspondencia entre as partes envolvidas no projecto.

Mas na Guiné-Bissau, ao contrário do todos pensavamos, este processo necessita apenas de umas horas.
Quando começamos com a construção do estaleiro de apoio á ponte de S. Vicente, tivemos alguns problemas, relacionados com a demora da chegada de materiais vindos de Portugal. Alguns desses materiais eram sinais de transito para sinalizar as obras em curso.
Mas havia que colocar "mãos á obra" e com ou sem sinais de transito os trabalhos não podiam parar e com um "projecto de recurso" tudo se foi resolvendo.
Na entrada norte do estaleiro o "projectista/guarda" (ver foto) que desenhou a "sinalização provisoria", no seu desenho de emissão - Índice 0, ao colocar a inscrição " I S.T.P " gerou alguma confusão nos trabalhadores que ali passavam. Uns diziam em crioulo
..." i Só Trabalhadores do Ponte"
..." i Só Trabalha Pouco"
..." i S'eu Tambem Pidi"
..." i Só Trabalhador Preto"
..." i Só Transito Pesado"
entre outras coisas mais.

Mas o nosso "projectista/guarda", ao ver a confusão, rapidamente faz uma correção ao seu projecto e no desenho - Índice A mudou a inscrição para " I S.ToP ", o que fez sossegar as pessoas.


O estaleiro esse está montado...




sábado, 17 de novembro de 2007

A água, ainda e sempre, um bem essencial…


A Soares da Costa, responsável pela construção da Ponte de São Vicente, sobre o Rio Cacheu, na Guiné-bissau, fornece, diariamente, à população que vive em volta do seu estaleiro, cerca de 15.000 litros de água. Trata-se de um bem essencial, e que na área, não é abundante, pelo menos nas necessárias condições de potabilidade.
A foto ilustra o primeiro dia, em que ainda não estava montado sistema de tubagem e abastecimento, mas em que a pequenada guineense, aproveitou o improviso de um tubo solto para se refrescar num quente dia de sol.

Um porco a andar de bicicleta


Costuma dizer-se que acreditamos em tudo depois de vermos um porco a andar de bicicleta.
Na Guiné-Bissau podemos mesmo acreditar em tudo e que, em cada dia, haverá sempre uma novidade mais surpreendente do que as dos dias precedentes. A foto ilustra um porco a andar de bicicleta. Será que, por o dito suíno ir no lugar do pendura, a situação não conta para a nossa credulidade total?
Pode não contar, mas podemos sempre dizer alto e bom som que “vimos um porco a andar de bicicleta”, mesmo que o pobre suíno não pedale, nem toque a campainha…

Vamos à Foz do Douro


Pois é! Surpreendente, mas verdadeiro. A foto seguinte foi mesmo tirada em Bissau. Não soubéssemos exactamente onde estamos, e poder-se-ia dizer que vamos apanhar o autocarro para a Foz do Douro, em busca da frescura de um fino e de uns tremoços, numa esplanada à beira mar.
Não é o caso. Tratam-se de duas unidades vindas de Portugal, que ostentam ainda a pintura original dos STCP (Serviços de Transportes Colectivos do Porto) e que fazem viagens para várias localidades, das quais se destaca a carreira Bula-Bissau.
A razão para a manutenção da pintura original prende-se, provavelmente, com a falta de tinta, ou os meios para a adquirir. Ou será que a sigla STCP foi entendida, como era voz corrente no Porto (Portugal), como STCP – Somos Transportados Como Porcos
?

Talho de Safim


A foto acima ilustra o talho de Safim, onde nos abastecemos da carne para o nosso consumo diário. Tendo em conta o clima tropical da Guiné-Bissau, note-se que o talho está equipado com os mais modernos sistemas de ventilação. A carne é conservada nas condições mais próximas da natureza, estando, portanto, assegurado o seu bioconsumo, o mais perto possível da origem. Na limpeza do talho não se usam produtos do tipo detergente que poderiam alterar o sabor da carne.
Para nós, apenas o melhor…

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

CemFranco


Figuras típicas, todos os países, regiões, cidades e vilas deste mundo as têm. Se tivesse que votar numa figura típica da cidade de Bissau, uma boa parte dos meus votos iria certamente para o CemFranco.
O CemFranco é um miúdo franzino, não deve passar os 10-12 anos, que aparece em quase toda a cidade (não sei se tem o dom da omnipresença, mas suspeito que sim), vendendo bananas que transporta à cabeça, e o pregão imutável "cem franco, cem franco". Cem francos CFA e tornamo-nos os felizes e nutridos possuidores de 4 bananas. O CemFranco, pouco mais acrescenta ao pregão, apenas se lhe pode ouvir, numa ocasião ou outra dizer "banana muito boa".
Tem a sua personalidade, a sua pinta, o danado do miúdo! Será que não cresce, e ao longo de gerações é sempre o mesmo CemFranco que nos tenta vender bananas em Bissau? Não sei, mas se o Peter Pan for verdadeiro, voto para que o CemFranco o seja também, sempre menino, sempre inocente, e com freguesia para as bananas que vende.
Um dia destes, conto-lhe que está na Internet, e que quem quiser, no mundo inteiro, o pode ver e sorrir com a sua figura franzina de menino que apregoa: cem franco, cem franco...

A bicicleta camião


Na Guiné-Bissau, os transportes escasseiam. No entanto, a imaginação e engenho são férteis. Há que converter os poucos transportes existentes, em megatransportes que podem, numa só viagem, transportar a carga normal de duas ou três viagens. É habitual ver os camiões que chegam, vindos do Senegal, à Guiné-Bissau, ou em trânsito para a Guiné Conacri, carregados até limites inimagináveis. Menos raramente do que seria desejável, um camião tomba na estrada, vitima de uma curva suave, e de uma carga demasiado pesada.
Mas o esforço e imaginação de utilizar o mais eficientemente possível os transportes, não se fica pelos pesados. Até uma simples bicicleta, como se pode ver na imagem acima, desafia a gravidade e o bom senso para transportar mais carga em menos tempo. Aparentemente, o céu é o limite...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Olhóóóó cafézinhooooo....



Em Bissau, na capital, as ruas e passeios fervilham de animação e comércio. Tudo se vende, tudo se transacciona, desde géneros alimentares conservados, por vezes, em condições precárias, a ferramentas, cartões de telemóveis, tabaco, cadernos, roupas, artigos para o lar, caju, mancarra (amendoim), bananas, mangas, etc, etc. Tudo se negoceia e, especialmente, o estrangeiro pode ter a certeza que pode comprar quase qualquer artigo pela sua metade do preço, excepção feita aos bens alimentares. É uma profusão de cores, cheiros, barulhos, gente e mais gente. Muçulmanos com as vestes tradicionais, vestes típicas da Guiné-Bissau, vestes ocidentalizadas, de tudo se vê por aqui.

Numa pausa, tempo para um cafézinho, com marca registada e uma forma de servir, no mínimo, curiosa. 100 Francos CFA (0,15 euros) e eis-nos de novo reconciliados com a vida...

Os transportes na Guiné-bissau




A opção melhor para um estrangeiro se deslocar na Guiné Bissau é sempre a viatura particular, de preferência com capacidade todo o terreno. Existe uma rede viária entre as principais localidades, alcatroada e em relativo bom estado. Fora destes acessos, a circulação faz-se por picadas, em terra batida que, especialmente na estação das chuvas, não são de fácil circulação.
Está muito vulgarizado uma espécie de táxi colectivo denominado “toca toca” cuja lotação máxima é “mais um”. É incrível o número de pessoas e a quantidade de mercadorias que um “toca toca” pode transportar. Frequentemente viajam com as portas de trás abertas e mais dois ou três penduras aí arriscam a vida, precariamente instalados.
Tratam-se de viaturas, do tipo van, originárias sobretudo da Europa, sucata na sua maioria, aqui convertidas em transporte colectivo e levadas até ao extremo máximo da sua utilização. Não raro, são desprovidas de travões.
Na capital Bissau e arredores pode-se ainda circular em táxis ligeiros, de cor azul e branca, normalmente Mercedes 190D, já no limite máximo e possível da sua vida como veículos. Porém, mais um pingo de solda aqui e ali, umas peças do ferro velho e, incrivelmente, continuam a circular. O pagamento da tarifa num táxi não garante a exclusividade da viagem, e o estrangeiro facilmente se surpreenderá ao constatar que durante a viagem o táxi vai recolhendo passageiros até ao seu limite máximo.
Uma outra curiosidade relativa a transportes públicos é a existência de autocarros dos Serviços Colectivos de Transportes do Porto e dos serviços equivalentes em Barcelona, que circulam ainda com as cores originais. Apetece, ao ver passar um, apanhar uma boleia para a Foz do Douro.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Os direitos dos animais na Guiné-Bissau ou talvez não...













Manhã de 22 de Outubro. À porta do estaleiro do Soares da Costa, em S. Vicente, uma insólita proposta de venda.

Uns habitantes locais tinham capturado um crocodilo nas imediações do estaleiro e propunham a sua venda. Preço? Não muito caro, 40 ou 60 mil francos CFA. O equivalente a cerca de 60 a 90 €. Negociáveis, claro, como tudo o resto por estas bandas. Acredito que o arrematássemos por 30 mil. Recusamos. Estão em causa valores fundamentais, como os dos direitos dos animais. E um outro valor fundamental, o da nossa vida. Quem cria um bichinho de estimação que, depois de adulto, nos pode confundir com um hamburguer? Hum, temos que viver o presente, mas não custa ter uma pequena preocupaçãozinha com o futuro. Assim como guardar algum para um qualquer maleita que venha. Só que neste caso, o problema da maleita estaria resolvido à partida, por cosntituir o bichinho, quando adulto o mal maior. Não, recusamos mesmo. De resto o pobre do bicho não trazia sapatos nem carteira, e portanto não devia ter valor comercial. E quanto a direitos dos animais, prefiro acreditar que, na falta de comprador, o devolveram ao seu lar...

Travessia do Rio Cacheu



A travessia do Rio Cacheu, na actualidade, é feita por um "ferry", que atravessa veículos e pessoas, de nome Saco Vaz, nome de um herói de guerra guineense. Há uns meses atrás, o motor do ferry, avariou, não tendo voltado a ser consertado, por tal não ser possível, ou por não haver condições financeiras para tal. Seja como for, a travessia faz-se varias vezes por dia, entre as margens de Bissau e Ingoré. É uma mistura no mínimo curiosa, a carga humana e não só, que todos os dias atravessa o Rio Cacheu. Galinhas, cabras, porcos, mercadorias diversas, gente vestida de cores alegres, os cheiros, os sons, os carregos à cabeça, na mão, em carros, em camiões, fazem da travessia uma festa permanente, e um acontecimento ao nível social e antropológico para um estrangeiro.


O rio Cacheu, num fim de tarde de Setembro.


O rio Cacheu, nosso poiso de trabalho, é simultâneamente um local de lazer e um repouso para os olhos. Atravessado por um ferry, com o motor avariado e uma traineira de construção portuguesa a reboca-lo, é local de actividade pesqueira artesanal e lazer das crianças que brincam.

Com 670 metros de largura no local do atravessamento da ponte, é um rio largo de margens lodosas e revestidas com mandrágoras.

Mostra todos os cambiantes ao longo do dia, desde côr de chumbo quando o céu está carregado, até laranja no pôr do Sol.

A foto seguinte foi captada numa tarde de Setembro, o rio calmo, com o céu poeticamente carregado de nuvens. Uma mulher remava sozinha, impelindo a sua piroga ao longo do rio. Movimentos cadenciados, mas regulares, o destino era a apanha do caranguejo, em crioulo "caranguiss". A foto fica e imortaliza o momento, em que fotógrafo, natureza e sujeito fotografado são um só.


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Abertura. Nota de boas vindas.

O propósito deste blogue é fornecer elementos acerca da estadia de portugueses num país estranho. Foi criado e é mantido por um grupo de portugueses, empenhados na construção de uma ponte na Guiné-Bissau. A ponte atravessará o rio Cacheu e facilitará as trocas comerciais e de pessoas entre a Guiné-Bissau e o Senegal. Serão aqui postados elementos acerca do nosso trabalho, fotos, texto e elementos acerca do país, das suas gentes, dos seus costumes. O propósito é surpreender. O propósito é mostrar uma realidade diferente da do nosso habitual quotidiano. Porque, por agora, o nosso quotidiano é este. Estranhos, num país estranho, onde os portugueses já se sentiram bem e fizeram as suas vidas. A Guiné de hoje, apesar dos traços que mantêm da antiga presença portuguesa, é bem diferente da Guiné onde alguns parentes nossos viveram.
Ficam aqui traços desta realidade, esperamos que gostem e contribuam
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Pedro Moço