Manhã de 22 de Outubro. À porta do estaleiro do Soares da Costa, em S. Vicente, uma insólita proposta de venda.
Uns habitantes locais tinham capturado um crocodilo nas imediações do estaleiro e propunham a sua venda. Preço? Não muito caro, 40 ou 60 mil francos CFA. O equivalente a cerca de 60 a 90 €. Negociáveis, claro, como tudo o resto por estas bandas. Acredito que o arrematássemos por 30 mil. Recusamos. Estão em causa valores fundamentais, como os dos direitos dos animais. E um outro valor fundamental, o da nossa vida. Quem cria um bichinho de estimação que, depois de adulto, nos pode confundir com um hamburguer? Hum, temos que viver o presente, mas não custa ter uma pequena preocupaçãozinha com o futuro. Assim como guardar algum para um qualquer maleita que venha. Só que neste caso, o problema da maleita estaria resolvido à partida, por cosntituir o bichinho, quando adulto o mal maior. Não, recusamos mesmo. De resto o pobre do bicho não trazia sapatos nem carteira, e portanto não devia ter valor comercial. E quanto a direitos dos animais, prefiro acreditar que, na falta de comprador, o devolveram ao seu lar...
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