terça-feira, 19 de abril de 2011

Bissau - Quase três anos volvidos

Caros
No meu caso, quase três anos são volvidos desde a última vez que pisei o solo do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau. Já calcorreei umas obras mais e uns locais mais: Túnel da Madalena do Mar, na Madeira e a Concessão Transmontana entre Vila Real e Quintanilha.
A "familia" Soares da Costa que esteve junta na Ponte de S. Vicente (para mim, ainda é esta a designação) está quase por completo na obra da Transmontana. Quando estamos juntos, a conversa foge, quase invariavelmente, para a Guiné-Bissau.
Não tenho dúvidas que este país, esta obra, a todos marcou positivamente. Não tenho dúvidas que em todos há, pelo menos, uma "pontinha" de saudade.
É um belo país, um bom povo. Lá, quase todos acabamos por nos sentir em casa. Será por ser África o Berço da Humanidade? Teremos gravado nos genes essa pertença ancestral de um local de nascimento? Talvez.
Sei que nenhum de nós lamenta o tempo que aí passou. Sei que todos desejamos um futuro melhor para a Guiné-Bissau e para o seu povo. Sei que todos ambicionamos um dia fazer o nosso jantar anual de confraternização em Bissau. Sei que todos reveríamos com prazer as terras e as gentes que também foram nossos durante o período que a obra durou.
Sei que esta vivência comum nos uniu.
A foto ilustra a azáfama da Avenida Amílcar Cabral num dia de movimento mediano. A estação era a das chuvas e, olhando a foto, quase sinto o calor húmido da Guiné-Bissau a envolver-me.
Bem hajam.