Chegou,
De sorriso terno e desconfiado,
Os olhos cansados, os braços parados,
A boca ausente, que nada promete,
A roupa garrida, gasta e curtida,
Pelos sois e chuvas, de toda uma vida.
Chegou,
De mão estendida, sofrida,
Esperando a ajuda prometida,
Sem palavras, os lábios sem côr,
Os olhos cansados, os braços parados,
Sofrendo, calada, sem gritos de dor.
Pediu,
Mas pediu com o orgulho de quem merece,
Como se, na nossa ajuda modesta,
Atendendo à sua muda prece,
Pudéssemos pagar todo o preço,
Que, na África das savanas,
Pagam, todos os dias, as mulheres africanas.
Partiu,
De olhos cansados,
De corpo parado,
Sem se deter,
Com um obrigado.
Assim é
a Mulher Africana,
Rainha de tudo,
Dona de nada.
De sorriso terno e desconfiado,
Os olhos cansados, os braços parados,
A boca ausente, que nada promete,
A roupa garrida, gasta e curtida,
Pelos sois e chuvas, de toda uma vida.
Chegou,
De mão estendida, sofrida,
Esperando a ajuda prometida,
Sem palavras, os lábios sem côr,
Os olhos cansados, os braços parados,
Sofrendo, calada, sem gritos de dor.
Pediu,
Mas pediu com o orgulho de quem merece,
Como se, na nossa ajuda modesta,
Atendendo à sua muda prece,
Pudéssemos pagar todo o preço,
Que, na África das savanas,
Pagam, todos os dias, as mulheres africanas.
Partiu,
De olhos cansados,
De corpo parado,
Sem se deter,
Com um obrigado.
Assim é
a Mulher Africana,
Rainha de tudo,
Dona de nada.